quinta-feira, 21 de julho de 2011

Ceder dói?



Durante o namoro é muito mais fácil não ver, nem sentir as imperfeições do outro. Porém quando se decide juntar os "trapinhos", o choque de personalidades é maior e por vezes as relações que antes pareciam perfeitas, não aguentam. 

Aqui se distinguem as relações de paixão e as de amor. As de amor lutam para conseguir chegar a um consenso, onde o respeito por a individualidade e bem-estar de ambos prevaleça, as de paixão simplesmente acabam em gritos, ofensas, exigências, acusações, retaliações... 

Se dá trabalho manter uma relação? Dá e muito... Afinal estamos a falar de duas pessoas com hábitos e formas de viver diferentes, que devido a um grande amor e a um conjunto de afinidades, se decidem juntar. Porém só quando passam pela experiência é que sabem que afinal não é tão fácil conviver com as imperfeições e defeitos do outro.

O conto de fadas acaba literalmente. E é preciso muita paciência, muito amor e também um grande jogo de cintura para lidarmos com as mudanças. Temos que aprender a fazer cedências e a respeitar o espaço do outro, ao mesmo tempo que lutamos para manter a relação estável e a nossa individualidade intacta. É necessária uma grande estratégia de adaptação. Todavia eu continuo a acreditar que as mulheres continuam a ceder muito mais que os homens.

Estes fingem que se adaptam, mas sempre que podem, eles fazem o que mais gostam, que é acomodar-se. Nós não somos perfeitas, mas por vezes acabamos por lutar e ceder muito mais numa relação do que um homem. Vamos ser sinceras os homens são seres básicos, precisam de muito pouco para serem felizes. Uma mulher não!  O ser feminino é mais exigente em tudo, no ser racional, no ser emocional... O homem vive, a mulher sente e isto diz tudo! Nós por vezes temos que "obrigá-los" quase, a sentir...a demonstrar... a participar e isso não é tentar mudá-lo, mas sim melhorá-lo... eles tem que aprender a ser, a sentir e a dar... porque senão a relação não vai ter alicerces suficientemente fortes para aguentar uma rotina quase obrigatória que a vida em comum acarreta. 

A Dina do blog Amor Perfeito, esta semana num post (com o qual concordo em muita coisa), disse algo que me ficou a matutar na cabeça. Passo a citar (não é uma crítica, é apenas uma reflexão):

"A minha máxima é garantir que ele queira voltar (e sentir-se feliz por isso) todos os dias para casa. Porque aí encontra paz e pode ser ele próprio. Claro que só é possível fazendo cedências mútuas. Quando um homem se sentir melhor no café com os amigos ou com uma amante porque esta não o chateia, a coisa é preocupante." 

Isto fez-me pensar que nós não temos que ter medo de pedir que eles mudem, pois mudar é amadurecer e crescer. Temos também direito a exigir aquilo que nos traz a felicidade. Assim como, também temos que respeitar o direito deles a exigirem a mesma coisa de nós.

Por isto tudo vou concluir com uma frase oposta à citada anteriormente.

"Os homens também tem que pensar e garantir que nós mulheres, queremos regressar todos os dias para o lar que nos faz feliz e onde podemos ser nós próprias, ao mesmo tempo que os fazemos felizes. Pois quando a mulher se sentir melhor nas compras com as amigas ou com um amante que saiba fazê-la sentir e não tenha problemas em demonstrá-lo, a coisa também é muito preocupante:)"

Quando ambos cedemos e modificamos por vezes um bocadinho aquilo que somos, não estamos a por a nossa individualidade em questão, estamos apenas a construir uma relação em que dois são um. 


3 comentários:

Dina disse...

Claro que ambos temos que querer voltar a casa. Falo muitas vezes nas mulheres porque é a realidade que conheço de fundo....

Quanto a dizer que não temos de ter medo de pedir que eles mudam e de pedir o que nos faz feliz: é verdade. Mas isso tem limites. Se a minha felicidade passa por ter alguém com determinada personalidade a meu lado, e este namorado não for assim, é porque se calhar devia mudar de namorado, não o namorado. Acho que tudo tem limites. Porque só se consegue ser feliz quando somos nós mesmos. Podemos mudar certas coisas, sim, mas não tudo. Eu sou muito impulsiva. E tenho tentado acalmar: respeiro fundo, viro costas e tenho dito muito menos "crises", mas elas não deixaram de existir por completo, porque eu sou mesmo assim. E ele tem que me amar com os meus defeitos (e eu, em contrapartida, tenho que os controlar e minimizar).

Essa coisa do amor não é nada fácil ;)

Alminhas disse...

Pois não, nada mesmo;) Eu percebo perfeitamente o que dizes. Longe de mim, querer um homem, que eu dissesse rebola, ladra, salta e ele o fizesse!:)
Mas a questão aqui, é que eu acho que nós cedemos sempre mais. Entendes? E isso chateia-me mesmo muito. Eu também já fui como tu dizes que eras. E com tempo aprendi que por vezes mais vale pararmos, desligarmos e só quando a tempestade passa é que voltamos a ligar os motores! Mas por vezes custa tanto fazer isso... Mas é como tu dizes... no amor e nas relações nada é fácil! Beijocas grandes;) e bom fim-de-semana

Alix disse...

Bom, no meu caso, era sempre eu que cedia a tudo. Que eu me lembre ele nunca cedeu em nada.
Isso foi muito mau para mim, como é óbvio. Não pode ser só uma pessoa a ceder em tudo.

**