Pois é, ontem fomos confrontados com esta nova realidade... o F. trouxe a sua primeira autorização de visita de estudo, para casa. Acreditam que quando li o papel da autorização senti as minhas entranhas a contraírem-se? Será que vai ser sempre assim? Creio que deve ser o tal "cordão umbilical" que por mais que eles cresçam e fiquem independentes, nunca será corto. Foi mesmo um sensação estranha e incómoda a que senti.... E com o pai passou-se o mesmo quando lhe dei o papel e fiquei à espera de uma reacção facial... e foi muito bom verificar que não tinha sido a única a sentir-me incomodada lol
O M. olhou para mim e disse "Já? E vai sozinho? O que fazemos" lol
É certo que a Educadora na reunião tinha dito que por vezes organizavam saídas, por exemplo ao cinema, teatro, jardins temáticos... mas pronto, uma saída a 60km de distância.... Já estou a sentir as entranhas a contraírem outra vez...
Nós sabemos que é um passeio que o F. gostará de fazer, porém temos receio que ele se assuste quando sair do seu meio de conforto. Tudo bem que vai com os colegas e com as educadoras, mas temos medo que se sinta desconfortável, pois está habituado a sair somente connosco ou com os tios.... Nunca foi para tão longe com "estranhos".
E depois de todos estes receios ainda começo a pensar na viagem, são 120km de viagem no autocarro escolar... e começamos a pensar na segurança, no trânsito....
Só temos que dar a resposta quarta-feira, mas isto já nos anda a tirar o sono lol, pois não queremos ser cagões e egoístas. Temos que confiar nas pessoas que cuidam dele todos os dias e também não queremos privá-lo de ir conhecer um sítio novo com os amiguinhos. Até por que posteriormente devem ir falar sobre o sítio onde foram, fazer desenhos etc, e não queremos que o F. se sinta posto de parte.
É tão difícil gerir todos estes sentimentos, ainda ontem era tão pequenino, dependente e hoje com quaseee 4 aninhos já traz autorizações de visitas de estudo para casa.
Ser mãe/pai é complicado... principalmente quando somos pais galinhas:) E vocês o que faziam? Deixavam, não deixavam?
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