O cabelo foi uma incógnita até à antevéspera do casamento, tudo por causa do meu ouvido e da bela infecção que continuava a resistir à medicação. Precisava de pintar o cabelo e não sabia se o poderia fazer. Inicialmente a médica ficou um pouco renitente pois o ouvido não podia mesmo apanhar água, mas depois ao ver a minha cara de decepção lá me autorizou a fazê-lo, desde que o fizesse em casa e tivesse muito, mas muito cuidado. Nada de pressão! lol
Com autorização dada, lá peguei em duas caixas de tinta, sim duas, porque os meus longos cabelos brancos são a coisa mais resistente à tinta que já conheci, e pus a mãe de serviço. Mesmo com duas embalagens de tinta alguns brancos resistiram e teimaram em não mudar de cor. Como a cabeleireira me informou no dia seguinte é a fibra do meu cabelo que é mesmo assim. Parece que não há muito a fazer.
No sábado tinha a marcação da cabeleireira para as 9h00, porém deitei-me às 4h da manhã (a fazer os saquinhos de arroz para os noivos, cerca de 80!) e dada a minha surdez não ouvi o despertador. Salvou-me o marido que acordou e viu que já eram 9h! lol Nem imaginam o meu stress. Dei um duche rápido, vesti-me e voei para a cabeleireira. Pelo caminho ainda tivemos que dar boleia ao meu pai que teve que ir comprar dois pneus. Só a mim!
Cheguei à cabeleireira era 10h. Lavaram-me o cabelo (sem molhar o meu ouvido), maquilharam-me (em tons de azuis), pentearam-me (coisa simples, uns caracóis soltos, pois tudo o que não queria era ter que andar sempre a preocupar-me com o cabelo), saí de lá era 12h15. Já estava em contra-relógio. Tinha que chegar a casa, vestir-me e vestir o F. e chegar à igreja às 13h45. Sim, o casamento era às 14h e há oito meses que ouvia a noiva desesperada a implorar-me para não chegar atrasada (sim, porque eu chego sempre atrasada a tudo, mais desde que estou com o M., mas no nosso caso juntou-se a fome com a vontade de comer!lol). Cheguei à igreja era 13h50 e esta ainda se encontrava quase vazia. O noivo e o padre ainda não tinham chegado e a noiva só chegou quase meia hora depois. Eu respirei de alívio e finalmente relaxei um bocadinho. A partir dali só rezei para que o meu estômago não começasse a roncar, pois com a pressa toda, nem nada que tinha comido!